“Clean Label” veio para ficar. Como constatado por Lu Ann Williams da Innova Market Insights: “Não é mais uma tendência, são as novas regras do jogo.” em tradução literal.
Mas antes, precisamos verificar, como definir o conceito “Clean Label”?
“Clean Label”, em tradução literal seria “etiqueta limpa” ou algo mais próximo do nosso dia a dia seria “rótulo limpo”. Apesar de ser difícil definir claramente o que é, pois é um conceito que incorporou diferentes tendências e expectativas de diferentes pessoas, gostamos muito da definição abaixo:
“É uma iniciativa aplicada por muitos fabricantes de alimentos onde essencialmente significa fabricar um produto usando o menor número possível de ingredientes e garantir que esses ingredientes sejam itens que os consumidores reconheçam e considerem saudáveis – ingredientes que os consumidores possam usar em casa. Procura alimentos com ingredientes fáceis de reconhecer e sem ingredientes artificiais, ou produtos químicos sintéticos, e tornou-se associado à “confiança” dos fabricantes de alimentos.”
O outro lado da moeda!
O movimento Clean Label apesar de muito interessante também ajudou a aumentar o ceticismo geral em relação à ciência e à comida, gerando receios de certos consumidores quanto à alguns termos técnicos ou ingredientes diferentes do que seu conhecimento possa identificar nos rótulos de produtos.
Quanto a este assunto, podemos falar em “estudar”, pois o medo surge pela falta de conhecimento, vale lembrar que muitos eventos considerados realizações divinas no passado foram comprovados como fatos científicos pela ciência. Portanto para conhecer mais sobre este assunto, recomendamos realmente uma boa dose de estudos, porém para lhe ajudar a iniciar nesta tarefa, trouxemos aqui um resumo de alguns ingredientes que podem ter nomes técnicos “assustadores”:
- Vitamina A – retinol
- Vitamina D – calciferol
- Vitamina E – tocoferol
- Vitamina C – ácido ascórbico
- Vitamina B1 – tiamina
- Vitamina B2 – riboflavina
- Vitamina B6 – pirodoxina
- Vitamina B12 – cianocobalamina
Então, o que fazer com esta grande variedades de produtos e rótulos nos supermercados?
Infelizmente o trabalho não é fácil, na verdade ele é árduo! Na primeira vez que você for no mercado e se dedicar para isso, vai se decepcionar com muitas marcas famosas que você vê na televisão e na internet.
Entretanto, para o bem da nossa sociedade, estamos mais exigentes por alimentos mais transparentes e mais naturais, incorporando isto num estilo de vida, logo, isso fez com que muitas marcas trouxessem em seus produtos o propósito de serem mais transparentes, colocando mais alimento de verdade e menos produtos químicos em seus produtos, portanto nossa dica é, procure identificar as marcas que são mais transparentes, pesquise sua gama de produtos, conheça e pesquise sobre a marca e seus produtos.
Por fim, entenda que VOCÊ é o grande responsável pelos fabricantes produzirem e os varejistas venderem produtos ruins ou bons, afinal, todo dono de loja, seja ela pequena ou grande, quer satisfazer seus clientes, possuindo os produtos desejados por eles para que possam assim vender mais, portanto, seja um cliente participativo e cobre dos estabelecimentos que frequenta as marcas e produtos mais Clean Label.
Mas e aí, tem alguém fazendo isso mesmo?
Felizmente sim. Em 2015 a Kraft-Heinz reformulou um de seus produtos, o “Macaroni and Cheese”, onde removeram as cores artificiais e colocaram pó de pimentão (Páprica) no lugar. Abaixo, trazemos também um exemplo de um produto nacional que consideramos “Clean Label”, a Paçoca Proteica da Mendofit tem somente 4 ingredientes, destacando a questão da ausência do glúten, lactose e conservantes.
Você é um produtor de alimentos ou bebidas e quer saber como fazer produtos “Clean Label”?
Sabemos que para a maioria das grandes empresas, engenheiros de alimentos e químicos estão por toda a parte, porém para pequenos produtores e fabricantes artesanais a questão precisar ser mais prática, por isso compartilhamos os quatro passos escolhidos pela Food Manufacturing para fazer produtos Clean Label:
- Etapa 1 – Reduza a lista de ingredientes
- Etapa 2 – Substitua os ingredientes artificiais por alternativas naturais
- Etapa 3 – Faça embalagens simples e claras
- Etapa 4 – Implemente práticas sustentáveis
Concluindo, podemos enfatizar que estes tipos de alimentos são nossa preferência e em nossa visão são os principais para quem busca uma alimentação mais equilibrada, mas não esqueçam de estudar para não “injustiçarem” alguns dos seus produtos prediletos.
Gostou deste conteúdo, conheça um pouco mais sobre os rótulos de produtos no post “Você sabe ler rótulos?” ou visite nosso Blog para conhecer mais conteúdos e receitas da Espaço Natural.
Referências:
- http://blog.ift.org/what-is-clean-label
- https://www.inno-foodproducts-brainbox.com/2018/05/22/clean-label/
- https://www.austriajuice.com/news-blog/what-is-clean-label
- https://www.foodmanufacturing.com/labeling/blog/13166825/making-sense-of-the-clean-label-concept
- https://www.newfoodmagazine.com/article/92225/whats-the-deal-with-clean-label/
- https://www.btsa.com/en/clean-label-facts-trends/
- https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2010/08/conheca-todas-as-vitaminas-e-os-beneficios-que-cada-uma-oferece-3009678.html